A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. A cada cinco pessoas que morrem entre 20 e 30 anos, quatro são homens. Homens vivem em média 7 anos menos que as mulheres. Sabe por quê? Porque o homem não cuida da própria saúde. Homem que se cuida não perde o melhor da vida.
Essas advertências fazem parte da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, lançada em 2009, pelo Governo Federal, com o objetivo de facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. A nova política também enfatiza a necessidade de mudança de paradigmas no que se refere à percepção dos homens em relação ao cuidado com a própria saúde e de sua família.
Segundo o urologista Ricardo Madeira, essa campanha visa alertar o homem sobre a necessidade da prevenção. "Se esperar os sintomas aparecerem - independente da doença -, a chance de cura estará muito reduzida, por isso é tão importante se prevenir".
Assim, baseado na frase do epidemiologista inglês Geoffrey Rose, "um grande número de pessoas expostas a um pequeno risco pode gerar mais casos que uma pequena quantidade de pessoas expostas a um grande risco", o Ministério da Saúde considera a estratégia de prevenção a mais efetiva e segura.
O grande problema é que cuidar da saúde tornou-se uma questão cultural. Enquanto as mulheres aprendem, desde cedo, que é preciso ir regularmente ao ginecologista - e depois, quando se tornam mães, que é preciso levar os bebês ao pediatra -, os homens são criados sem esse hábito. Como consequência, muitos deles sofrem com males que poderiam ser evitados caso houvesse atitudes preventivas.
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